reclames do ***plim plim***8

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Marisa Quebra Barraco

É meio velho, mas mesmo assim,irei postar, já que fiquei surpresa ao ler essa matéria.
Peguei no não salvo que pegou no treta.


Se a cantora brasileira Marisa Monte fosse algo como uma “Marisa Quebra-Barraco” e cantasse músicas (ainda) mais apropriadas para o contexto intelectual das classes populares, certamente haveria um sem número de versões alternativas de suas músicas (o chamado “Proibidão”), trascrevendo o real sentido de seus versos de uma forma mais direta e espontânea. Ocorre que há alguns anos venho acompanhando a carreira e o acervo da diva da MPB (com fins meramente horizontais) e seu último lançamento, o badalado single“Não É Proibido” confirma uma inacreditável teoria sobre o caráter subversivo das mensagens de Marisa e aponta indícios mais que suficientes para classificar a cantora como a maior propagadora de mensagens subliminares - literalmente - cifradas em suas canções.

Vejamos:

Jujuba, bananada, pipoca, Cocada, queijadinha, sorvete,
Chiclete, sundae de chocolate. (Uuuuh!)

Paçoca, mariola, quindim,
Frumelo, doce de abóbora com coco, Bala juquinha, algodão doce e manjar. (Uuuuh!)

Venha pra cá, venha comigo! A hora é pra já, não é proibido! Vou te contar: tá divertido!
Pode chegar! (Uuuuh!)

Logo nestes primeiros versos obervamos a perversão de Marisa sublimada na repetição de nomes conhecidos de balas e doces, um tradicional eufemismo para designar algumas variações de drogas sintéticas, como o ecstasy e o ácido lisérgico (LSD), muito consumidas em baladas eletrônicas - que sempre estiveram muito próximas do universo da diva através de remixes e versões autorizadas em drum’n’bass de suas músicas. A terceira estrofe é um pouco mais enfática, configurando o explícito convite da cantora para que as pessoas adentrem este universo supostamente abundante em glicose, culminando com a expressão “não é proibido!” (que dá nome à música) transcrevendo todo o caráter transgressor de seu discurso.

Continuando:

“Vai ser nesse fim de semana
Manda um e-mail para a Joana vir (Uuuuh!)
Não precisa bancar o bacana Fala para o Peixoto chegar aí! (Uuuuh!)”

O primeiro verso da estrofe acima denota o aspecto temporal da conclamação contida na música, deixando bem claro a idéia de carpe diem (em tradução livre: “aproveite o agora”) existente em toda a obra. Em seguida, Marisa nos entrega a prova cabal de que esta nossa análise minuciosa e capisciosa de sua música não se trata de delírio ou exagero por parte dos autores. É sabido que no submundo dos usuários de substâncias entorpecentes as tribos de jovens urbanos se valem de um eficiente e prosopopeico código de comunicação interna, chamando seus tóxicos preferidos pelo nome de pessoas. Alguém duvida que a convidada mencionada no segundo verso da estrofe acima seria ninguém menos que a universalmente conhecida “Maria Joana” (Marijuana! hãn hãn)?


Por fim:

“Traz todo mundo, tá liberado, é só chegar
Traz toda a gente, tá convidado, é pra dançar
Toda tristeza deixa lá fora, chega pra cá! (Uuuuh!)”

A música finaliza seu discurso libertário conclamando os interessados a ainda trazerem seus amigos para também participarem da orgia, deixando a tristeza e os problemas do lado de fora da festa, afinal de contas, “tá liberado”. Chegamos ao final do estudo da mensagem contda na letra da música “Não É Proibido” concluindo tratar-se de uma canção de forte apelo popular que vislumbra, no mínimo, brincar com as possibilidades comucacionais de uma música introduzida diretamente no mainstream, vejam vocês, pelas grandes corporações.

É óbvio que para uma singela parte dos ouvidos que atinge, a música de Marisa Monte diz claramente o que pretende dizer. Mas ocorre que, assim como boa parte dos leitores do TRETA (sim, eu dosse que esse texto não era do Não Salvo e também não é do OYB) que passam batidos sem entender metade das nossas piadas, uma fatia significativa do público de Marisa entoa seus refrões e se sacode com arranjos que na verdade ocultam a mais autêntica propaganda subliminar de um lifestyle completamente avesso à legislação pátria.

Logo na terceira faixa de seu disco de estréia, “MM”, lançado pela gravadora EMI em 1989, Marisa canta a música “Chocolate” de Tim Maia, deixando bem claras as metáforas contidas nos versos do polêmico cantor. E pra quem duvida de tudo isso que eu escrevi acima, me dei ao trabalho de subir um trecho desta “ode ao verde” para tornar ainda mais acessível e evidenciada a mensagem mais contundente de toda a obra de Marisa Monte (vídeo da esquerda) Na direita o vídeo da música “Não é proibido” assunto do post. Escute, agora com a atenção redobrada..

3 comentários:

Leh disse...

digamos que era pra ser sério, mas eu ri muito UHIDSAHUIDSA
que feio isso hein oo:
mensagens subliminares OMG
orgia? =OO
shocay

mariana disse...

JASKLDJFLKAJSDFASD

eu sempre duvidei dessa música u-u

Renato disse...

nem ouvi